Sebastião Panzo
A discussão sobre a temática da sustentabilidade beneficiará também das visões de Vusi Mabena (Secretário Executivo, da Associação da Indústria Mineira da África Austral – MIASA–), José Manuel ( PCA, Instituto Geológico de Angola – IGEO–), Paulo Tanganha (Director, Direcção Nacional dos Recursos Minerais, MIREMPET), Jacinto Rocha ( PCA, Agência Nacional de Recursos Minerais de Angola –ANRM–), Eugênio Bravo da Rosa ( PCA, SODIAM E.P.) e Manuel Ganga Júnior ( PCA, ENDIAMA E.P.), quando estes falarem, no primeiro painel da Angolan Mining Conference que tem como objectivo aprofundar as acções prioritárias críticas delineadas no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023–2027 para o desenvolvimento dos recursos minerais em Angola, focando–se especificamente na melhoria do enquadramento jurídico–legal e na melhoria da informação geológica.
“Precisamos com urgência de aceder ao Cadastro Mineiro”, disse Felix Neto, um minerador que detém a empresa Kimpuanza Minerals.
A plataforma permite o acesso à informação geológico–mineira, a transparência e celeridade do processo de licenciamento e cadastro mineiro. Além disso, ajuda na gestão das licenças e títulos em posse de pessoas e empresas que não realizam actividades mineiras.
O seu impacto no Sector Mineiro de Angola, quando efectivado, é inegável.
“O Cadastro Mineiro tem um impacto significativo no sector mineiro de Angola.
Ele contribuirá para a atracção de investimentos e investidores estrangeiros para o mercado angolano. Além disso, dará a possibilidade das empresas beneficiarem de incentivos fiscais ao investimento, prevista no Código Mineiro. É um factor atractivo para os investidores”, observou um analista mineiro.
“O Cadastro Mineiro é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento do sector mineiro de Angola. Com o Cadastro Mineiro, o sector mineiro de Angola estará bem posicionado para se tornar um dos principais contribuintes para a economia do país”, concluiu o Administrador Técnico do IGEO, Américo da Mata
.
EXPLORAÇÃO DE ROCHAS ORNAMENTAIS EM ANGOLA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
significativo nos últimos anos, mas existem desafios que devem ser vencidos, especialmente no momento em que o país ambiciona elevar a sua produção global.
Com efeito, Angola pretende elevar a sua produção de rochas ornamentais dos 83,34 mil m³ registados em 2021 para 134,22 mil m³ em 2027. O país pretende também, neste último ano, construir o Pólo de Desenvolvimento de Rochas Ornamentais na província do Namibe.
Este crescimento, entendem as autoridades, pode ser impulsionado por uma série de factores, incluindo a riqueza geológica do país e o aumento da procura por estes materiais tanto a nível nacional como internacional.
Angola possui o maior complexo integrado de rochas ornamentais do mundo, com 45 mil quilómetros quadrados, situado no Cunene.
As principais áreas de exploração são no sul do país, principalmente nas províncias da Huíla e do Namibe.
A província do Namibe é a única produtora de mármore, enquanto as regiões mais importantes para a exploração de granito são os municípios da Chibia e dos Gambos, na província da Huíla, Lucira, no Namibe, e Nzeto, no Zaire.
No entanto, apesar deste potencial, a indústria enfrenta uma série de desafios.
Um dos principais desafios é a necessidade de investimento em infraestruturas, vias de comunicação, tecnologias de exploração e transformação.
Além disso, a indústria também enfrenta desafios relacionados com a gestão sustentável dos recursos minerais e o impacto ambiental da exploração.
Em outubro último, depois de um workshop realizado pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, os mais de 256 participantes concluíram que a indústria e o Governo precisam de dar, entre outros, os seguintes passos:
Apesar destes desafios, a exploração de rochas ornamentais em Angola apresenta uma série de oportunidades.